São Paulo precisa da CPI da Água. Apoie e pressione!

A cidade e o Estado de São Paulo vivem os extremos da crise da água, por isso o Mandato das Favelas da Vereadora Keit lima solicitou a Câmara de Vereadores a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue a atual falta d'água e as constantes enchentes que a cidade enfrenta todos anos.

Por que essa CPI é urgente ?

De um lado a seca:

• O Sistema Cantareira opera hoje com menos de 25% da sua capacidade, índice inferior ao registrado durante a crise hídrica de 2014. A situação revela um grave despreparo do governo Tarcísio de Freitas em planejamento, investimento e transparência na gestão da água.


• A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA indica que, entre agosto e setembro de 2025, 100% do território paulista esteve sob condições de seca, com seca grave chegando a um terço do estado. Esses sinais confirmam que o regime hidrológico atual combina altas temperaturas, baixa recarga e demanda pressionada — e que o risco recai primeiro e mais forte sobre periferias e populações negras, onde a infraestrutura é mais frágil e a regularidade do serviço é historicamente mais instável


• A política de racionamento imposta por Tarcísio, que interrompe o abastecimento por até 16 horas diárias, já afeta de forma crítica as favelas e regiões mais altas, onde moradores denunciam há semanas a falta total de água.


• Enquanto isso, o processo de privatização da SABESP deixa evidente a prioridade do governo: o lucro de empresários, em vez da preservação dos recursos hídricos e da garantia de acesso justo à água para toda a população.

• Entre 2021 e 2023 o prefeito Ricardo Nunes deixou de usar 1,5 bilhão de reais do orçamento municipal para combater as enchentes.


• Até Outubro de 2024, Nunes escolheu usar apenas 23% do orçamento anual para prevenção de deslizamentos de terra - tragédias que costumam ser uma consequência direta das enchentes nas favelas.


• Quando falamos em exposição à alagamentos, a situação dos municípios periféricos de São Paulo é ainda pior. De acordo com dados Sistema Integrado de Gestão do Relacionamento com o Cidadão (SIGRC), das 248 notificações de alagamento em 2025 (até outubro) no município 236 (95,2% dos casos) aconteceram em distritos fora do centro expandido.


• Segundo o Ministério Público, o atual o Plano Municipal da Redução de Riscos (PMRR), que deveria prevenir a enchentes, é “..um arremedo de plano, um documento tecnicamente falho, juridicamente incompleto e socialmente ineficaz, que desrespeita frontalmente o comando judicial e a legislação urbanística”.


• No dia 23 de outubro de 2025, a justiça sentenciou o prefeito Ricardo Nunes a apresentar um plano a curto prazo contra enchentes em SP em até 60 dias. Até o presente momento, nenhum plano foi apresentado.